Resumo do Trabalho:

Em resposta aos modelos convencionais de produção agrícola, que objetivam a alta produtividade e ganhos econômicos a qualquer custo, baseados na degradação do meio ambiente e extração de recursos naturais, acirrando as desigualdades sociais e econômicas, atualmente se faz muito presente a discussão sobre modelos mais sustentáveis, que preconizam o equilíbrio de todos os componentes alimentares, como água, solo, plantas, animais e pessoas. A agroecologia surge como uma alternativa viável para alinhar a relação existente entre a produção de alimentos, a preservação da natureza e o bem estar das pessoas. O cooperativismo (movimento coletivo baseado em cooperação em torno de um objetivo em comum) e as práticas agroecológicas estão em confluência e constituem-se através da interação de redes de intercooperação articuladas por grupos de produtores e consumidores que disseminam a importância do consumo consciente. Com a utilização do método da revisão integrativa, este trabalho buscou compreender como se desenvolvem as confluências entre cooperativismo e agroecologia e analisar suas características, as implicações e desafios a serem vencidos. Em conclusão, verifica-se que existem diversos desafios para estes movimentos, como: a falta ou ineficiência de incentivos estatais, precarização estrutural, obstáculos burocráticos, dificuldades organizacionais e articulação política.